quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
E tudo era um sonho ~ agora lembranças
Era uma daquelas noites as quais você não pensa muito, só vive.
Nesse momento foi em que ela viu que ele realmente partira. Ele partira e não deixara se quer nem uma palavra, nem um adeus.
Naquele momento, ela sentiu seu mundo desabar sobre si, como se aquilo nunca fosse passar - ou pelo menos aquela dor fosse tão intensa naquele momento, que não importara se iria passar ou não, pois doía de mais agora.
Segurava seu travesseiro - os dedos apertando com toda a força que podia, o ar lhe faltava, parecia que aquele oceano de lágrimas tirara todo seu folêgo para levá-la embora. Mas não, ela continuava ali. Mas se doía tanto, como se abrissem um rasgo em seu peito, porque ela estava ali?
Aquela noite, fora uma das mais difíceis que Alice já vivera. Não porque nunca vivera algo difícil antes, mas porquê ela nao queria se envolver desde o começo, e quando por fim acreditou e cedeu àquele sonho, acabou caindo em um pesadelo. Era como se soubesse, que aquilo iria acontecer.
Doía tanto saber que ele se fora desse jeito, não por ele não estar mais com ela. Mas por ele ter ido sem um adeus, sem nem sequer uma palavra. Ele se foi, sem uma explicação. E ela pobrezinha, esperava em seu doce coração que fosse tudo um mal-entedido. Mas depois de 1 semana, ela vira que não.
Por incrível que parecesse pra ela, a dor cedera um pouco. Não que não pensasse mais nele, pois ela fazia a maioria do tempo. Mas por perceber que ele nunca merecera aquelas lágrimas, ou aquele amor, ou aquele sofrimento.
Ela estava desolada, sim. Mas isso não iria parar o mundo, ou não faria com que ele voltasse atrás e dissesse que era um engano, que ele estava confuso, que ele ainda a amava. Disso ela sabia bem. Pois numa daquelas noites de verão, com o calor umidecendo a sua pele, fazendo-a transpirar, ela o vira com outra. Não que ele a tivesse visto, pois ela tinha certeza que não, e se tivesse apenas fingira que não, e como ela aprendeu - ele atuava muito bem. E sim, lá estava ele com outra, fazendo essa mesma de boba, tal como fizera com Alice.
Por um breve momento o cíume inundou seu corpo, mas depois, apenas pôde sentir pena da pobre menina, que seria mais uma de suas vítimas. E ela, não poderia nem sequer avisá-la, pois saberia que não seria ouvida, tais quais seus amigos não foram quando a avisaram sobre aquele ator em forma de menino.
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