domingo, 10 de julho de 2011

Uma história quase real ~


Mary não era o tipo de garota convencional. Gostava de ser coquete com os homens, gostava de sorrir para eles. Seduzi-los...
O dia estava claro e radiante, o sol iluminava os olhos castanhos avermelhados da menina, que pareciam queimar mais que o fogo quente.
Caminhava lentamente perto das árvores e flores da praça, gostava das árvores, e muito mais das flores. Flores que somavam-se aos montes em sua residência de tantos pretendentes que a menina tinha. Mas ainda assim, ela não tinha enjoado delas. Gostava do cheiro doce e do formato.
Nesse dia, já havia parado um par de vezes para sorrir e acenar para seus pretendentes. Estava cansada da caminhada, decidiu se sentar no banco esbranquiçado que ficava sobre a gramíneas da praça. Sentou-se encaixando os fios soltos que batiam no seu rosto por trás da orelha, sorriu enquanto descalçava os sapatos pousando os pés no verde. Ela gostava da sensação. Fechou os olhos, inspirando a brisa que corria misturado ao cheiro do verde ao redor.
- Boa tarde Srta, Mary. - Uma voz forte encheu o ar.
- Boa tarde Mr.Kan. - Mary abriu um dos olhos, e sorriu lentamente para o moço de sorriso brilhante a sua frente. -Como está o Senhor?
-Estou bem Srta. Mary. Estava cavalgando no rancho a algum tempo daqui, e decidi caminhar por aqui, quando me dei por vê-la como um anjo ao descansar.
Mary apenas sorriu para a comparação como encerrando o assunto. E se reteve ao continuar um novo, esperando que o moço tomasse a iniciativa.
- Se me dá licença Senhorita. - O homem curvou o corpo em sinal de cumprimento, ao tempo que fazia um gesto com o chapéu marrom. - Preciso me retirar.
-Tudo bem Mr.Kan, Nos vemos logo que possível o for. - Mary levantou-se e fez uma mensura com os joelhos pouco dobrados, logo após voltou a sentar-se.
Achava tediosos os homens daquela cidade. Eles eram certinhos demais, corretos demais. Não tentavam abordá-la com assuntos tentadores, de como fugir com ela. Não tentavam sequer beijá-la. Eram tediosos. Esperava que no próximo baile que a cidade estaria dando devido à chegada de um nobre qualquer, houvesse a presença de homens mais interessantes e quem sabe, até mais ousados. Apesar do interesse de muitos dos homens da cidade por ela, ela não manifestava uma gota de interesse por qualquer um deles.
Sua esperança era que o baile lhe trouxesse o mais belo amor, o mais belo prazer, aquele que a fizesse correr, chorar, gritar e amar horrores por ele. Esperava ansiosamente esse amor. E o baile lhe traria essa resposta, mesmo que a doce menina por fora e de ardente coração não soubesse quais as consequências que esse desejo lhe traria.