sábado, 22 de agosto de 2009
Não Preciso Compra-la~
Ele sabia que não poderia comprá-la com as flores e nem as jóias. Ele lutava por ela, mas sabia que isso não bastara. Precisava de mais. Precisava alcançar as estrelas e dar o seu coração em uma caixa com adornos em ouro. Talvez assim, ele conseguisse aquele doce coração selvagem. Coração que desejava só pra si. Coração que ele merecera mais que qualquer outro pretendente. Os olhos azuis-turqueza dele brilhavam só de lembrar do sorriso avermelhado de Sally. Estava preso com estacas àquele corpo de Deusa e olhar de menina.
Sally nunca fora de cumprir suas promessas. Se isso era bom ou mal, dependia do ponto de vista. Adorava uma aventura - Daquelas que não a deixassem se entediar pois odiava as coisas entediantes. Queria correr e pular, e quando lhe desse vontade gritar. Correria para os lírios e para o riacho. Para onde lhe desse vontade, se não fosse por sua mãe. Sua mãe somada a insistência da menina se casar. E pobrezinha, isso não era o que o coração de Sally pedia. ~
quarta-feira, 8 de julho de 2009
~
Às vezes pensar em ser abduzida não me parecia tão má idéia. Bom, se é que isso era possível. Vai ver nem os seres de outros planetas tinham a intenção de me levar pra longe daqui. Vai ver eles tinham tanta repulsa de mim quanto eu merecia ter, Ou vai ver eles só não se interessam. E isso não me parecia tão anormal.
Já estava acostumada com as pessoas não me notarem. - Ou pelo menos só falarem comigo quando lhes fossem necessário.
Quando ele falou comigo pela primeira vez, eu apenas assenti com a cabeça, e continuei a escrever as fórmulas de química na pequena folha de papel rosada. E derrepente, eu o respondia como a um questionário que não cessa. Interrompi-me por alguns segundos, só para me assegurar de que não falava sozinha, ou coisa assim. Alguns olhares me fitavam, com um estranhamento. Será que eu estava falando sozinha? Será que esses olhos negros cintilantes eram apenas fruto de minha imaginação? - Mas haviam tantos olhares curiosos, que talvez só quisessem saber o porque aquele menino de cabelos negros esvoaçantes insistia em falar com uma menina tão sem graça.
Ele sorriu e eu não sabia sorrir pra retribuí-lo, foi no exato momento em que o sinal tocou me dando um motivo para correr dali. É claro que eu não correria propiamente dito, mas era o que eu queria fazer. Era desesperador ficar ali, sendo alvos de tantos olhares.
Eu estava comendo a maçã avermelhada quando notei que ele conversava com alguns meninos a minha frente. Os meninos do time de Futebol.
É, ele não era um amigo imaginário ou coisa assim. Pelo menos eu não começara a inventar pessoas para me sentir mais adequada... Se é que essa palavra podia se encaixar em mim. Eu ri baixo em minha mente de minha piada sem graça, e me levantei para jogar o que sobrava no lixo, foi quando eu o senti segurar um de meus braços.
- Com licença. - Eu falei num tom monótono retirando meu braço de leve.
- Desculpe. - Disse ele num quase sussuro, e senti suas bochechas adquirirem um leve rosar.
- Tudo bem, não queria ser grossa, desculpe. - Disse eu me dirigindo para a saída. - Tenho que ir agora. Tchau.
Eu não tinha nenhum lugar para ir, mas não queria ficar ali também. Eu não estava acostumada àquele tipo de conversas, quanto mais de toques. Eu não iria deixar que ninguém se aproximasse o suficiente para sair machucado. Ou que ninguém me atordoasse também.
Caminhei até a arquibancada que estava vazia. Eu gostava muito de ficar ali. Às vezes perdia horas ali. Só até começar o próximo jogo, daí eu saia o quanto antes. Como as aves fazem ao sentir o céu nublar, sabendo que proximamente ele vai destorcer suas lágrimas em águas frias, gélidas...
Eu nem senti o tempo passar, tão absorta em meus pensamentos. O barulho das pessoas correndo foi o que me alertou, e fiquei de pé em um estalo. Arrumei a mochila em minhas costas, e saí para o próximo tempo de aula, já que esse era livre.
A aula estava monótona. Literatura nunca foi o meu forte. Pelo menos nesse tempo de aula eu não tinha que me preocupar de encontra-lo, já que ele não estava na mesma turma que eu.
segunda-feira, 23 de março de 2009
A escolha da solidão - Ou não.
Era um caminho solitário. Um caminho solitário, e ela não sabia se deveria seguir ou não. Era uma noite chuvosa. Uma noite chuvosa e fria. Tão fria que gelava a sua alma. E toda vez que aquela brisa úmida lhe tocava a pele, aquelas aversões passadas lhe incediavam a alma. Lhe incendiava feito fogo que não cessa, e mesmo com toda chuva a cair não apaga. Como também não conseguia apagar as lembranças que já não queria guardar. Lembranças amargas e frias - Tão frias quanto a chuva que caia. E na cabeça confusa pulsava a fuga. A fuga de sua alma. A fuga que poderia -por sorte, salvá-la.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Feito Sombra ~
E toda vez que tocava aquele som, eu sabia que era pra mim. ~
Um som lento, calmo e repleto de nostalgia. Nostalgia a qual, eu preferia nem lembrar.
A dor da traição dele, me partia o peito - e aquelas incontáveis lágrimas que insistiam em descer. Traição não da carne, mas da alma.
Não eram só as lembranças que me machucavam, mas também toda vez que eu ouvia aquele som. Eu ouvia mesmo sem lembrar. Meu subconsciente não soubera apagar as lembranças, por mais que eu tentasse. Elas estavam presas, esculpidas, agarradas a mim. Agarradas feito chiclete.
Feito uma sombra, que por mais que tente esconde-la, ela sempre esta ali. Atras de mim. Perto de mim.
~
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Ela não era do tipo de garota convencional. Não amava os grandes romances, não deseja um amor para sempre. Ela só queria ser vista, ser artista, ser polida. Esse era o seu sonho. A sua alma era de uma atriz, que embora com todas as suas qualidades, não poderia ser mostrada. Nessa época não se pode viver. Mulher... Submissa. -Porque temos que ser assim? - Contestava ela.
Em frente ao espelho dava um show do que era a arte. Mas em companhia mostrava a sua classe. Classe aqui é sinônimo de escravidão. E viver na escravidão ela era obrigada então. Talvez se fosse um homem não sofreria tanto, aturaria por aqui e por todos outros cantos. E essa é a época que mulher não tem voz. Aceitar e cumprir é dever delas aqui. Na sociedade não exerciam a força. Embora quisessem jamais souberam que
. . . a liberdade se alcançou anos depois. Anos depois que a esperança dessas morreu. Mas a força de outras reinou.
~
Às vezes somos antigas, as vezes atuais.~
E ainda existe resquícios delas em nós...
"Nos polindo, diminuindo a nossa voz."
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
~ Dunno
Em seu cabelo carregava o mais brilhante dos diamantes. Eu não saberia descreve-lô tão bem, nem sequer saberia o nome daquela pedra brilhante. Tão brilhante quanto ela. Mas nem assim conseguia ofuscar a sua beleza. Seus cabelos negros e ondulados dançavam à doce brisa, a luz da lua refletia em seu rosto, revelando aquela boca que mais parecia um botão de rosa. Uma rosa que eu beijaria com todo o amor. Uma rosa tão pura e bela, que só de olha-la me sentia o mais ímpio entre os mundanos.
i.i ~ Acho que vou ler mais do meu romance predileto pra ver se continuo essa historinha.
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