Não era só o olhar. Era algo a mais. Algo mais que o olhar, algo mais profundo, mais intenso. Toda vez que me olhava, eu estremecia. Estremecia dos pés a cabeça. Um arrepio sórdido, não qualquer um. Um arrepio, como algo inédito, mas que nunca fora tão inédito assim. Toquei as mãos dela, tão lisa quanto a pele de um bebê. Levei gentilmente a minha boca, e a beijei sutilmente. Eu nunca senti algo assim antes. Como poderia... Como poderiam aqueles olhos de montanhas mexer tanto assim comigo. Como se me conhecesse, aprofundava-se em minha alma. Olhos penetrantes, olhos não de amor, mas de desejo. Olhos intensos. Olhos que me excitavam, mas que ao mesmo tempo me doíam. Como chuva que cai e não cessa, e eu sem querer cessar.
Ela me falou, e falou que não poderia. Já estava prometida. E eu, ai de mim, um apaixonado amante - e cada vez mais apaixonado, sem os dotes que mereciam comprá-la.
Ela era assim, amava as jóias e tudo que fosse comprado, todas as riquezas mais belas, - sim, essas ela amava. Em seu cabelo carregava uma tiara com um rubi central, acompanhado por diamantes. O rubi - a sua pedra predileta, realçavam os seus belos cachos dourados, quase como de ouro. Seu vestido continha o mais alto bordado, e era do tecido mais fino que pudera existir. Seu salto, não, não era de cristal. Se bem que assim fosse a vontade dela. Calçava-se por uma bota que contrastava seu vestido rosado. Ela também era assim em suas vestimentas, contrariava até nisso. Quanto ao seu jeito de ser. Ah, isso era uma metáfora até pra ela mesma. Não gostava de ser previsível, gostava de variar. Odiava quando previam suas atitudes, seus movimentos. Como em seu jogo predileto - o xadrez, ela usava a estratégia de enganar. Um jeito engraçadamente irônico. Um jeito moleca, mas que sabia seduzir. E eu o adorava. Embora a trilha que ela mais amasse eu odiasse, ainda assim gostávamos dos mesmos filmes.
Ah... Era tão doloroso ter de tratá-la tão gentilmente, quando minha mente a despia bruscamente, desejando tê-la. Pelo menos... Mais uma vez[?].
~
E então, o que será que aconteceu entre esses dois?
Houve ou não algo a mais? E o destino, irá ou não uni-los, separá-los? ~
Esperem, e verão. Porque nem eu sei ainda, embora eu que esteja escrevendo tanta besteira i.i~
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
Uma quase história feliz ~
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Multidão ~
Um ex-poema que veio a calhar [ http://www.fotolog.com/sooner_life/37948739 ]
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um abraço, um carinho... supre toda essa necessidade de evazivas.
As vezes palavras podem bastar, e os gestos completar.
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Olhou para o lado, parecia triste. Forçou mais um sorriso. Às vezes sorria para o vento, como se esse fosse lhe retribuir o que gostaria de receber. Não sabia o que queria, mas sabia o que gostaria de ter naquele momento. Sentia falta de amigos, dos verdadeiros. Daqueles que talvez - ela fora muitas vezes, mas dispensou muitas vezes também. No momento em que estava, todos eles sumiam. Viravam fumaça em meio a multidão. Multidão que de todos não se salva um. Multidão que rodeava a sua cabeça.
quarta-feira, 12 de novembro de 2008
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sexta-feira, 24 de outubro de 2008
Come up to meet you, Tell you I'm sorry
You don't know how lovely you are
I had to find you, Tell you I need you
And tell you I set you apart
Tell me your secrets, And ask me your questions
Oh let's go back to the start
Running in circles, coming tails
Heads on a silence apart
Nobody said it was easy
It's such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it would be this hard
Oh take me back to the start
I was just guessing at numbers and figures
Pulling the puzzles apart
Questions of science, science and progress
Do not speak as loud as my heart
And tell me you love me, come back and haunt me
Oh and I rush to the start
Running in circles, Chasing tails
Coming back as we are
Nobody said it was easy
Oh it's such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it would be so hard
I'm going back to the start
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Cor [es ] ~
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Quando começava a ver, a ver as coisas de seu passado. A ver as manchas, o papel rasgado. Aquilo tudo lhe vinha à tona. Toda a dor, toda a paixão, toda a repressão. Como se ao ler seus textos, regredisse, fosse ao passado. Todas as vogais se conectavam, e lhe relembravam aquele passado. O passado lhe doía como se fosse o hoje. Na memória vivia, refletida no hoje. O hoje e sua dor eram a mesma. O passado passou mas lhe deixou a poeira. A poeira doía como se fosse a morte, não tão forte, mas constante ali latejava. Latejava a ferida em seu coração, e as palavras que lia doia em seu coração. Sua alma tão triste, ali chorava. Queria ser forte, encorajada...
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
~
Quando o silenciar muitas vezes é melhor do que o gritar. Quando se afastar é melhor do que enfretar. Quando inusitar é melhor do que se mostrar. Quando todas essas coisas devem ser feitas de uma só maneira. Para conhecermos o doce primeiro temos de conhecer o amargo, caso contrário não apreciariamos o doce então. Não, isso não é um poema. São mais palavras jogadas de forma que me aliviam.
O porque desse blogger se chamar Solitute's House. Solitute's house, é como uma parte do meu coração. Uma parte triste e sozinha. Que quando se expõe, vem ser jogada em palavras aqui. Uma partezinha dolorida e amarga. Aonde ficam todas as mágoas. Sem intenção de ser triste ou feliz, são só pensamentos e momentos.
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
Em um encontro de almas ~
Como se as coisas pudessem passar com o seu abraço. Eu estava ali sentada, olhando para a correria das pessoas, sem se importar um com o outro, só pensando em si e até aonde deveriam correr. Foi quando senti o seu abraço. E naquele momento não importava mais nada, as coisas ruins ou as coisas tristes. Era aquilo que eu esperava. Foi naquele abraço que eu percebi que você se importava. Muitas vezes eu me perguntava se você realmente amava ou se enganava ao acreditar. Foi tão bonito quando eu senti você de tão perto, mais perto do que a própia alma poderia estar. E nesse momento parecia que eu realmente sabia quem éramos, em quem haviamos nos tornado. Um só.
~ La la xD Tempo sem vir aqui né? Mas agora voltei! i.i~
sábado, 23 de agosto de 2008
Desejo: Imunidade ao tal Amor ~
Sem muitas esperanças, ela olhava. Olhava para eles dois, e não via mais um porque. A resposta ela já sabia, não era tão dificil perceber. Só ela não via, ou insistia em não ver.
Parou para pensar nos coloridos romances de amor, onde sempre os principais saiam felizes. Mas e aqueles que eram largados pelos mocinhos? Seriam eles esquecidos assim, feito os cacos espalhados pelo chão, largados pra lá? Sim, afinal são só os secundários. E os mocinhos seguem sempre felizes, e sem alguma punição por ter feito sofrer outra pessoa. E se olharmos bem de perto, os lindos-dubios romances na TV não são tão diferentes da vida real assim. Temos os mocinhos, e os secundários. E em algum momentos, quaisquer que seja, já fomos um dos dois. Mas ser o secundário dói, e isso ela sentia na pele.
[ pararei por aqui, hora de ir dormir ~ ]
terça-feira, 15 de julho de 2008
Eu olhava pela janela. Olhava e via quão bonito e triste era lá fora. Desse jeito mesmo. Bonito e triste.
As crianças correndo e brincando da velha ciranda, pulando e cantando. Pouh pouh. O Barulho ecoou. Era a trilha daquela cidade, a trilha do medo. A trilha do pavor. Nesse momento todos corriam. E boom! Mais uma criança ao chão caia. A bala perdida que lhe encontrou, já havia encontrado muitos outras vezes. E era triste aquela realidade. E depois todos esqueciam, até que uma nova pessoa caisse. E dessa vez era a de sua família. Daí então a tristeza se fazia. Quando com outros não tinha essa dor. Porque houve isso? - Perguntou o vovô. Mesmo tão novo já fora embora, sua vida roubada se despeja lá fora.
~ E a preguiça em mim reinou.
Essas joças que saem, não podem nem serem chamadas de texto.
Anyways, nao desisto e insisto em escrever.
E boom! Acabou.
segunda-feira, 14 de julho de 2008
Plin Plon ~
Seus sonhos voltaram a se repetir. Era Fofo, macio...Similar à nuvem, mas tinha gosto. Era um gosto doce, que jamais esqueceria. E ele não se recordava do que era aquilo. Não podia ver, logo não podia tocar, só não queria morrer sem sentir aquele gosto de novo. Só tocava o que já era conhecido. Facas, cadeiras, mesas já não o atrapalhavam mais. Ele tinha aprendido a ver com o toque. E era ao toque que ele se dedicava. Massageava cada parte do corpo das pessoas com sua alma. Era a forma mais próxima de olhar alguém. O toque. Não mais enxergava, não de um jeito formal.
As gotas de chuva que caiam lá fora amenizava sua alma. Ele gostava daquele barulho. E sonhava em um dia poder vê-las bater no chão, fazendo o plin plon, escorrendo e indo embora... ao se despedir naquela bela canção... Plin plon.
~ Fiquei com preguiça de escrever o resto!
Não é nada tão bom.
É só o Plim Plon.
sexta-feira, 11 de julho de 2008
Eu sei do que sou/ o que não sou ~
A música começou a tocar. Foi o momento em que o coração apertou. Toda vez em que estávamos bem, aquele disco arranhado cismava em tocar. E essa mesma música é aquela que me lembra que você - já em outros lençóis - jurava amor para sempre. Nesses momentos nem sei o que dizer, se o arrependimento fugisse, talvez então pudéssemos ter a nossa própria trilha.
A trilha que talvez mudasse o que passou, mas que durante tanto tempo insistiu em ficar. E ainda insiste...
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Poema²
Uma voz ecoava pelo vazio da noite. Não era uma voz suave, ou tão pouco grave. Era uma voz ensudercedora, uma voz entorpecederoda. Daquelas que quem a ouve jamais a esquece. Não de uma forma boa, mas também não de uma forma ruim. Uma voz quase sem fim. Uma voz que deixa mágoas, que quem ouve desmais e quem grita exala um amor sem fim. Com um poema tão complicado assim, nem sei o que resta de mim.
segunda-feira, 7 de julho de 2008
Mais uma peça ~
Cansada de não fazer diferença, de ser sempre assim, só mais uma peça. O jogo começa, protagonizando a Rainha e o Rei. Objetivo: Xeque Mate. Os peões dão sempre o primeiro passo. Andei duas casas e começa o jogo. Somos assim, meros peões. Temos o intuito de proteger. Proteger a estimada e adorada alteza, mesmo que essa não nos reconheça, e somente nos use. O peão da E4;C5 se sacrificou, se jogou à frente para salvar uma peça mais valiosa, o cavalo. Logo será a minha vez. Logo terei que me sacrificar também. Sacrificar-me por uma peça que valha mais que eu, por uma peça que tenha mais importância (...)
Sim, este é um dos meus poemas prediletos. Obviamente me inspirei no jogo famoso jogo de xadrez, que apesar de eu não ser nenhum pouco boa eu o adoro. i.i~
sexta-feira, 4 de julho de 2008
Um pouco sobre mim. ~
Claro, eu não sou a "Toda certinha" afinal. Mas tento o possível sê-la. Embora eu tenha meus princípios e tento seguí-lo da melhor maneira possível, eu também deslizo por fora deles. E isso me zanga! i.i~
Acho que é só isso! Fui comer pãozinho e acabei me perdendo! xD~
Nham. É só!
Beijos =3
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Um poema perdido dentro de sua solidão ~
An-d or En-d .
Em seu olhar carregava mágoa. Dava pra notar... Era uma daquelas mágoas bem grandes. As lágrimas emitiam um brilho diferente ao escorrer em seu rosto arredondado, brilhava como se fosse seu último brilho, sua última chance de estar ali. Não brilhariam nem mais de alegria... Nem de tristeza... Não brilhariam.
Os cabelos ondulados da menina batiam ao vento, como se dançasse, - Uma dança mórbida, triste... desesperada. - podia notar as mãos contracenando umas à outra, e o leve ranger dos dentes em seus lábios. Lábios carnudos, naturalmente rosados.
Deu um passo. Parecia confusa.
Em seu olhar era notória a dúvida, uma atitude desesperada acabaria logo com aquilo tudo... Com a solidão, com a desesperança...E com as duvidas, todas aquelas duvidas que carregara tanto tempo.
A minha intenção com este blogger é postar as coisas da alma e do coração que podem [ ou não ] serem expressas em palavras.
Tenho o costume, como muitos ou alguns sabem de escrever certos poemas.
Normalmente, a maioria deles não são felizes. Mas eu me esforço.
=3 Então desfrutem de muita nostalgia e falação.