quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

~

Lágrimas em seus olhos. O destino em sua mão. Atitudes impensadas, consequências inevitaveis.
Sua escolha mudaria, ou não, o destino em sua mão. Lágrimas escorrendo, passados sobrevivendo.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Anne e o Adeus [Será um Adeus.]


Era uma vez...
Porque sempre as histórias começam assim? - Se questionava Anna.
Ela odiava aquele era uma vez. Talvez porque não acreditasse que fosse existir um final feliz pra si, ou talvez porquê achasse tolo pensar que histórias fantasiosas realmente ocorreram.
Anna estava sentada sobre uma pedra, seus pés apoiados sobre as gramas que continham pequenos dente-de-leão que lançavam suas partes sobre a menina. Ela fitava intensamente o seu redor. Não via uma razão, se sentia só. Era como sua alma realmente parecia estar. Seus amigos - se é que ela podia considerar àquelas pessoas que sorriam e acenavam de quando em vez para ela, sem ter sequer qualquer real sentimento seus amigos.
Ela tinha tomado uma decisão muito difícil. Havia cometido um erro, com uma das pessoas que era sim sua amiga. E não queria mais magoar essa pessoa. E cometeu esse erro por uma outra que sequer era seu amigo. E foi quando Anne decidiu se afastar deste. Dele e daqueles que tinham o mesmo ciclo de amizade.
Era uma decisão difícil, Anne nunca soubera como sair dessas situações. E tinha muito, muito medo de magoar àquelas pessoas. Mesmo que essas não se importassem com os sentimentos de Anne.
A decisão de Anne iria influenciar em outras amizades que tinha determinado apreço. Mas ela estava disposta a concluir sua missão. Seus olhos não seriam os mesmos, nem mesmo seu jeito de falar.
E essa decisão estava pronta a reinar.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Passados e presentes

As mãos de Sally apontavam levemente para o céu, as mãos um pouco a frente de sua face, o corpo deitado sobre a grama. Seu rosto intensamente rosado. Aquele céu ensolarado encantava-a e dava as mais diversas sensações: vontade de correr, de sentar e dividir um piquinique, e tantas outras...
Isso era tudo que ela conseguia lembrar da sua infância. Hoje, já não deitava mais sobre a grama fitando o imenso céu azul. Seus olhos esverdeados apenas refletiam a luz que batia sobre eles, como o daquele lago que ela tanto gostava.
Sally deu um pequeno suspiro caminhando para a lanchonete que ela mais gostava - ela amava comer as panquecas de chocolate de lá, tinham o poder de deixá-la feliz.
- O que vai querer hoje, Sal? - Disse a menina de cabelos dourados que caiam sobre ondas pelos ombros dando um amplo sorriso para Sally.
- Quero duas panquecas de chocolate, e um cappucino por favor Mel. - Sally retribuiu o sorriso a pequena menina que agora corria em direção a cozinha.

Sally agora pensava que depois que comer, poderia talvez encontrar sua melhor amiga. Elas poderiam ir para a casa e ver filmes juntas, ou talvez ir ao parque e sentar sobre a sombra fresca das árvores para conversar. Seus pensamentos foram abruptamente interrompidos por um homem que quase caíra a sua frente.
- Desculpa. - Disse o dono de um lindo par de olhos azuis, fitando a menina enquanto erguia-se. - Está chovendo bastante lá fora, e eu tive que entrar correndo. - Ele deu um pequeno sorriso em oferta a desculpa.
-Tudo bem. Espere! Você disse que está chovendo? - Sally se decepcionou. Ela não costumava andar com o guarda-chuva. A essa altura deveria estar acostumada. Ela não vivia mais na sua pequena cidade ensolarada. E ali, tinha o costume de chover bastante e fazer um frio que ela sinceramente, mesmo depois de tanto tempo ali ainda não se acostumara.
- Hm, não sei porque a surpresa. Mas sim, está chovendo bastante. E eu tive um pequeno problema com meu guarda-chuva. - Disse o homem alto e esguio a sua frente. - Bom, com licença.
Sally pôde ver o menino sentar a duas mesas a frente da dela. Viu Mel saltitante e anotando o pedido dele, e parecera que ele frequentava ali, pois Mel o tratava como de longas datas.
-Isso não é de meu interesse - sussurrou a menina para si ao mesmo no tempo que fora interrompida pela saltitante menina que agora colocava as panquecas e o cappucinno sobre sua mesa. - Bon appetit - Disse Mel sorrindo tentando forçar um sotaque francês.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

As lembranças podem machucar - ou não.


Foi quando ela estava arrumando sua cama que ela reparou no desenho que formava um coração, e ao lado desse desenho havia o nome dele. Ela lembrou de quando tinha brincado, junto a ele, de desenharem o nome - um do outro, e fazerem uma representação do que sentiam. Ela desenhou um coração, e ele fez um rabisco. Ela riu internamente de sua imaturidade ao acreditar que aquilo significava algo. De certo que não. Ela seria só uma distração, como sempre fora. Talvez não se enquadrasse neles dois aquela menina tão necessitada de atenção e tão carente. Talvez, não se encaixasse só nele.
Ela tentou apagar aquele desenho com as mãos, esfregou durante algum tempo. Viu que era uma tentativa frustada. Aquele rabisco ainda continuava ali, mais fraco. Mas continuava... E seus olhos que haviam adquirido um brilho especial ao lembrar daquela história, agora derramara uma lágrima.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Choro interno ~


Em sua cabeça rodavam passados. Aqueles mesmos, embaçados e confusos. E sua insegurança só fazia piorar tudo. Ela vivia insegura. Ela vivia com medos. Tinha medo de tudo e todos. Medo de se ferir, medo do escuro. Medos infinitos...
Seus medos eram tão grandes que lhe ofuscava a vida, talvez. Ela não sabia, porque sua insegurança não lhe deixava saber ao certo.
Ela tentava ser gentil com todos, mas como ela havia aprendido bem, nem todos eram tão gentis com ela. Ela tinha medo do que pensariam sobre ela. Ela tinha medo de perder quem ela tinha - e não eram muitos, dois ou três amigos no máximo. E ela tinha medo de perdê-los, porque se os perdesse não teria mais ninguém. Tinha medo deles encontrarem alguém melhor que ela, porque ela tinha muitos defeitos, e conhecia eles bem demais. E isso lhe gerava mais insegurança do que o normal.
Se sentia só, naquela quadra, sorrindo e comendo seu sanduíche com rodelas de tomate, como se nada estivesse acontecendo. Mas acontecia. Em sua cabeça, em seu interior, ela chorava... Choro interno.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

E tudo era um sonho ~ agora lembranças


Era uma daquelas noites as quais você não pensa muito, só vive.
Nesse momento foi em que ela viu que ele realmente partira. Ele partira e não deixara se quer nem uma palavra, nem um adeus.
Naquele momento, ela sentiu seu mundo desabar sobre si, como se aquilo nunca fosse passar - ou pelo menos aquela dor fosse tão intensa naquele momento, que não importara se iria passar ou não, pois doía de mais agora.
Segurava seu travesseiro - os dedos apertando com toda a força que podia, o ar lhe faltava, parecia que aquele oceano de lágrimas tirara todo seu folêgo para levá-la embora. Mas não, ela continuava ali. Mas se doía tanto, como se abrissem um rasgo em seu peito, porque ela estava ali?
Aquela noite, fora uma das mais difíceis que Alice já vivera. Não porque nunca vivera algo difícil antes, mas porquê ela nao queria se envolver desde o começo, e quando por fim acreditou e cedeu àquele sonho, acabou caindo em um pesadelo. Era como se soubesse, que aquilo iria acontecer.
Doía tanto saber que ele se fora desse jeito, não por ele não estar mais com ela. Mas por ele ter ido sem um adeus, sem nem sequer uma palavra. Ele se foi, sem uma explicação. E ela pobrezinha, esperava em seu doce coração que fosse tudo um mal-entedido. Mas depois de 1 semana, ela vira que não.
Por incrível que parecesse pra ela, a dor cedera um pouco. Não que não pensasse mais nele, pois ela fazia a maioria do tempo. Mas por perceber que ele nunca merecera aquelas lágrimas, ou aquele amor, ou aquele sofrimento.
Ela estava desolada, sim. Mas isso não iria parar o mundo, ou não faria com que ele voltasse atrás e dissesse que era um engano, que ele estava confuso, que ele ainda a amava. Disso ela sabia bem. Pois numa daquelas noites de verão, com o calor umidecendo a sua pele, fazendo-a transpirar, ela o vira com outra. Não que ele a tivesse visto, pois ela tinha certeza que não, e se tivesse apenas fingira que não, e como ela aprendeu - ele atuava muito bem. E sim, lá estava ele com outra, fazendo essa mesma de boba, tal como fizera com Alice.
Por um breve momento o cíume inundou seu corpo, mas depois, apenas pôde sentir pena da pobre menina, que seria mais uma de suas vítimas. E ela, não poderia nem sequer avisá-la, pois saberia que não seria ouvida, tais quais seus amigos não foram quando a avisaram sobre aquele ator em forma de menino.